quinta-feira, 21 de outubro de 2010

poder das redes Sociais

Recentemente, um pedido de casamento pelo Twitter ganhou espaço nos veículos. O programador web e fotógrafo Alexandre Ferreira (@amf) usou a rede social  para pedir a gerente de marketing online Bruna Bittencourt (@brubittencourt) em casamento. Em apenas duas horas, a hashtag #BrunaDigaSim ocupou as primeiras posições dos Trending Topics no Brasil e permaneceu durante boa parte do dia.

O resultado é que pessoas de diversos estados do Brasil acompanharam a história. Para entender a dimensão, o Twitter já conta com mais de 100 milhões de visitantes únicos por mês.

Do ponto de vista de quem trabalha com campanhas online é um fato assustador também porque um boato ou inverdade sobre o produto pelo qual venho trabalhando há meses pode se tornar nacionalmente conhecido em apenas duas horas.

O inverso também acontece, eu sei. As qualidades do produto podem se tornar conhecidas rapidamente, por meio das redes sociais. É um ponto bastante divulgado nos cursos oferecidos para profissionais da área. E traz grande responsabilidade para quem utiliza as redes sociais. Uma responsabilidade dos cidadãos que usam o Twitter ou Facebook, por exemplo.

As redes sociais deram o poder de mídia para cada cidadão. Isso é um ponto muito sério para a comunicação nas empresas. Enquanto os profissionais de comunicação patinam no debate sobre a regulamentação do setor, os usuários das redes sociais constroem e destroem verdades e mentiras.

Na França, os usuários da internet podem receber ações judiciais em casos de infâmia ou difamação. Ou seja, podem ser processados pela publicação de informações prejudiciais à reputação de alguém ou algo sem base em fatos reais.
No rádio, na TV e no jornal

Mesmo quem não possui uma conta no Twitter percebe sua existência nas páginas dos jornais. No período de cinco dias úteis, o jornal O Estado de S.Paulo citou o Twitter 33 vezes em suas noticias. O Jornal do Brasil, que este ano passou a ser exclusivamente online, noticiou 37 informações sobre a rede social e a Folha de São Paulo o fez 21 vezes.

O Twitter, além de ser fonte de informação, passou a ser material de pesquisa sobre o comportamento da sociedade e suas implicações nos veículos de mídia.

“Em todas as mídias sociais, novos grupos de debates e críticas foram sendo fortalecidos. Isso quer dizer que há outra dimensão de informação e de opinião – eu me fortaleço no grupo que eu circulo, que é diferente do cara que lê o jornal e comenta com o cara de outro grupo”, como afirmou a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Maria Helena Weber, do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestra em Sociologia e doutora em Comunicação, em entrevista para o Observatório da Comunicação.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Redução na velocidade da luz é obtida dentro de um chip de silício

A informática é ávida por aumentos de velocidade. Mas, para obter a velocidade definitiva, tornando os chips ópticos uma realidade, com a substituição da eletricidade pela luz, uma redução na velocidade da luz pode ser um passo muito útil.
E foi justamente isso o que fizeram cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos.
O grupo do professor Holger Schmidt criou um pequeno dispositivo óptico capaz de reduzir a velocidade da luz em 1.200 vezes, a menor taxa de propagação da luz obtida em um chip de silício até hoje - e, pela primeira vez, operando a temperatura ambiente.
Controle da velocidade da luz
Embora as fibras ópticas transmitam dados à velocidade da luz, o roteamento e as operações de processamento de dados ainda precisam converter os sinais de luz em sinais eletrônicos.
O processamento totalmente óptico de dados vai exigir equipamentos compactos e confiáveis capazes de retardar, armazenar e processar pulsos de luz. E neste ponto que o novo chip avança.
A capacidade de controlar os pulsos de luz dentro de um chip é um grande passo para tornar realidade as redes de comunicações quânticas totalmente ópticas, com vastas melhorias na velocidade e no consumo de energia na transmissão de dados.
"Diminuir a velocidade da luz e outros efeitos de coerência quântica já são conhecidos há algum tempo, mas para utilizá-los em aplicações práticas temos de ser capazes de aplicá-los em uma plataforma que possa ser produzida em massa e funcione a temperatura ambiente ou mais alta, e é isso o que os nossos chips obtiveram," disse Schmidt.
Como a velocidade da luz é diminuída
A base do novo chip é um equipamento de espectroscopia atômica totalmente integrado, criado pela mesma equipe em 2007.
A manipulação da luz é feita por uma nuvem de vapor de átomos de rubídio, colocada dentro do espaço oco de um guia de ondas óptico.
Sob a ação combinada de dois lasers (um laser de sinal e um laser de controle), os elétrons nos átomos de rubídio são postos em uma superposição coerente de dois estados quânticos.
Redução na velocidade da luz é obtida dentro de um chip de silício
A manipulação da luz é feita por uma nuvem de vapor de átomos de rubídio, colocada dentro do espaço oco de um guia de ondas óptico. [Imagem: Wu et al./Nature Photonics]
No estranho mundo da física quântica, esses elétrons passam a existir em dois estados diferentes ao mesmo tempo. Um dos resultados disso é um efeito conhecido como a transparência eletromagneticamente induzida, que é fundamental para diminuir a velocidade da luz.
"Normalmente, o vapor de rubídio absorve a luz do laser de sinal, não deixando passar nada. Então você liga o laser de controle e voilá, o material torna-se transparente e o pulso do laser de sinal não apenas atravessa, mas também se move muito mais lentamente," explica Schmidt.
Interações entre a luz e a matéria
Ao utilizar o avanço anterior do chip de espectroscopia atômica, a equipe obteve efeitos quânticos que permitem não apenas tornar a luz mais lenta, mas também outras interações entre a luz e a matéria que abrem a possibilidade de novos dispositivos ópticos radicalmente novos, voltados para a computação quântica e para os sistemas de comunicação quântica.
Além disso, segundo Schmidt, o sistema é mais fácil de ser ligado e desligado e ajusta-se à velocidade de luz com que se deseja trabalhar. "Mudando a potência de um laser de controle nós podemos mudar a velocidade da luz - apenas girando o botão de controle de potência."
"[Nosso chip] tem implicações para estudos efeitos ópticos não-lineares muito além de diminuir a velocidade da luz", continua ele. "Nós podemos usá-lo para criar chaves totalmente ópticas, detectores de fótons únicos, dispositivos de memória quântica, e várias outras possibilidades entusiasmantes."